A chegada de 800 toneladas de pescado ao Porto de Natal abre "nova era" da pesca

A chegada de 800 toneladas de atum ao porto de Natal marca o início de uma mudança de rumo para o setor pesqueiro do Brasil e, principalmente, do estado, tendo em vista que os olhos do mundo inteiro estão voltados para tal carregamento, um dos maiores do país. Em três meses no mar, as sete embarcações que irão trazer o peixe à capital potiguar conseguiram pescar um volume quatro vezes maior do que foi pescado durante o ano inteiro de 2009, no Brasil. A principal razão para o crescimento da atividade foi o uso da tecnologia oriental, empregada após a parceria exclusiva da empresa pesqueira potiguar Atlântico Tuna com a maior empresa de pesca japonesa, a Japan Tuna. O acordo firmado entre empresários potiguares e japoneses para o arrendamento de barcos para a pesca de atum traz a expectativa de o Brasil passar a capturar até 68 mil toneladas do pescado por ano, ante as 4,1 mil toneladas registradas atualmente. O primeiro carregamento resultante dessa parceria chegou ao Rio Grande do Norte no final de maio desde ano e trouxe ao Porto de Natal cerca de 120 toneladas de atum. Três embarcações - Shoei Maru, Tawa Maru 88 e Kinei Maru 85 - apontaram na capital potiguar e aumentaram as expectativas de elevar a participação do país na pesca da espécie, passando dos atuais 1,5% para 25% da produção mundial. A parceria com os japoneses travada a partir de um acordo entre o Ministério de Pesca e Aquicultura e o governo japonês busca transformar a atividade no país, deixando o perfil predominante de uma pesca costeira para dar grandes avanços em águas profundas. Segundo dados da Comissão Internacional do Atum Atlântico, em 2008, das 272.900 toneladas de atum das espécies albacora branca, albacora lage e albacora bandolim, possível de serem capturadas de maneira sustentável no Atlântico, a frota nacional capturou apenas 4.194 toneladas, representando só 2% das capturas. O Brasil tem outorga para capturar cerca de 12 mil toneladas/ano de atum. Com a vinda dosjaponeses, o Rio Grande do Norte estará apto a alcançar essa meta

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