O vice-presidente da Venezuela, Elias Jaua (foto), conclamou os simpatizantes do governo a mostrar “unidade” e “disciplina socialista”, e disse que a direção do país continuará atuando "sem fraturas" mesmo após o presidente Hugo Chávez admitir que sofre de câncer.
"Com otimismo e esperança do presidente temos que, povo e governo, continuar avançando", afirmou Jaua, durante uma transmissão feita no Palácio de governo.
"Exortamos todos os poderes públicos a unir-se na consolidação do Estado Democrático", afirmou o vice-presidente, acompanhado da maior parte dos integrantes do gabinete.
Homem de confiança de Chávez, Jaua está à frente do governo desde que o presidente adoeceu. Para Jaua, "não é tempo para recuar". "Unidade é o que precisamos nesse momento", acrescentou.
Jaua afirmou que, apesar da ausência de Chávez, o governo "aprofundará" as reformas da revolução bolivariana.
Em cadeia nacional de rádio e TV, Chávez admitiu  que foi submetido a uma segunda cirurgia para retirar viceum tumor cancerígeno na região pélvica. Segundo ele, o líder cubano Fidel Castro foi quem lhe deu a notícia. "Fidel Castro em pessoa, o mesmo do quartel Moncada, o mesmo do [barco] Granma, o mesmo da Sierra Maestra, o gigante de sempre, veio me anunciar a dura notícia da descoberta cancerígena", relatou Chávez, durante pronunciamento à população. O governo pediu à oposição "respeito" à saúde do presidente. Em mensagens no Twitter, analistas políticos ligados à oposição pediram moderação aos políticos antichavistas. Para o diretor do Instituto Datanalisis, Luis Vicente León, "as declarações de Chávez são tão importantes que não é possível antecipar seu impacto até que seja absorvida".
Apesar dos rumores que antecipavam a notícia do câncer de Chávez, os venezuelanos reagiram com surpresa e preocupação ao anúncio feito ontem.



Fonte: BBC Brasil, via Agência Brasil

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