Audiência pública conclui que "a saúde está agonizante

O presidente da Associação Médica do Rio Grande do Norte, Álvaro Barros, disse ontem que a saúde está doente. Estamos atentos a proliferação de cursos médicos. "O que necessitamos é de política pública que assegure condições para o médico trabalhar dignamente no interior". O desabafo do médico foi feito durante audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa, para discutir a valorização do médico. Os representantes de vários segmentos do setor de saúde na audiência, disseram que no Rio Grande do Norte, a exemplo do que ocorre no Brasil, não faltam médicos. O que precisa é uma política pública que leve os profissionais para o interior, com boa remuneração e estrutura para o trabalho de atendimento condigno aos pacientes. Nas discussões foram levantados problemas como a falta de cumprimento de acordos feitos com a categoria, o pagamento de honorários indignos e abastecimento dos hospitais com medicamentos. 
Também foi abordado o relacionamento entre os planos de saúde e os médicos, que muitas vezes são descredenciados sem que possam apresentar qualquer defesa. Além disso, há defasagem no reajuste dos preços das consultas pagas aos profissionais que resultam na inviabilidade de funcionamento dos consultórios. O deputado Getúlio Rêgo, que presidiu a audiência, realizada numa proposição do seu colega Leonardo Nogueira, disse que estava à disposição para a abertura de diálogo entre os profissionais da área de saúde e o governo do estado, na busca de soluções para os problemas levantados.

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