Novo presidente da CUT, Vagner Freitas não apoia greve geral dos servidores públicos federais

Gilberto Carvalho conduz as negociações com os representantes das centrais sindicais
               Ministro Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República  Gilberto Carvalho

Após se reunir com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o novo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, deixou o Palácio do Planalto dizendo que não apoia greve geral dos servidores públicos federais e defendendo a necessidade de o governo apresentar proposta aos trabalhadores para "destravar" as negociações.
Vagner Freitas criticou ainda a posição do governo que anunciou o corte de pagamento de salário dos grevistas. "Existem medidas que não ajudam no processo de construir saídas como o corte de ponto e a pressão sobre dirigentes sindicais, ainda mais em um processo de negociação em um governo democrático e popular que construímos no Brasil", desabafouEle pregou ainda que o governo e representantes do movimento se sentem à mesa pra negociar e achar solução conjunta. Freitas insistiu que, se o governo apresentou uma proposta para os professores, tem de apresentar para as demais categorias. Ele lembrou que a CUT é a central que mais reúne representantes do serviço público federal, e que, por isso mesmo, estava se oferecendo para intermediar as negociações. "A CUT é a que tem a maior parte dos servidores a ela filiados, tem a responsabilidade de vir pedir que o diálogo seja aberto para que se saia deste impasse", declarou.Apesar da pressão dos servidores públicos federais, que permanecem acampados na Esplanada dos Ministérios e ameaçavam invadir o Ministério do Planejamento, a presidente Dilma Rousseff não pretende amenizar para atender às reivindicações dos grevistas. Ao contrário, Dilma tem reiterado que não há como atender a qualquer tipo de pleito por causa da crise internacional e os reflexos dela no País, com desaceleração da economia. Da mesma forma, a decisão de cortar o ponto dos grevistas já está tomada e não há intenção por parte do governo de revertê-la. A presidente tem reiterado ainda que o momento é de tentar preservar os empregos em outros setores da economia e uma das formas de fazer isso é garantindo a continuidade dos investimentos. Para isso, é preciso canalizar os recursos e não há dinheiro previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este fim.

Comentários