Ao lado de Cameron, Dilma diz que Brasil faz sua parte para conter crise


O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e a presidente Dilma Rousseff, durante declaração à impresa após reunião bilateral no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff recebeu na última sexta-feira (28), no Palácio do Planalto, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Na declaração à imprensa ao lado do premiê britânico, ela afirmou que o Brasil vem fazendo sua parte no esforço para superação da crise econômica internacional."O Brasil tem feito a sua parte no que se refere a recuperação mundial quando desenvolvemos incentivos ao crescimento do emprego e a demanda doméstica. E fiz ver ao primeiro-ministro que, em plena crise, temos aumentado nossas importações", afirmou a presidente. A reunião bilateral entre os dois chefes de governo durou quase duas horas, com assinatura de atos de cooperação entre os dois países. No discurso, Dilma afirmou que, entre outros assuntos, conversou com Cameron sobre a situação econômica do Reino Unido e da Europa. Na última terça, ao fazer o discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, a presidente criticou as políticas para enfrentamento da crise adotadas por países ricos. Segundo ela, as políticas fiscais ortodoxas dos países desenvolvidos agravam a recessão e provocam efeitos nocivos nas economias dos países em desenvolvimento. Na declaração à imprensa na sexta, a presidente destacou o crescimento no comércio entre Brasil e Reino Unido, que passou de US$ 7,8 bilhões em 2010 para US$ 8,6 bilhões em 2011, além do crescimento no investimento direto. Segundo o Itamaraty, no ano passado, o estoque de investimentos britânicos no Brasil cresceu em US$ 2,7 bilhões, o que faz do Reino Unido o 6º maior investidor no país. "Revisamos vários aspectos da nossa parceria estratégica. A despeito da crise econômica e financeira internacional, os fluxos de comércio e investimento entre Brasil e Reino Unido tem registrado contínuo crescimento. Nós consideramos que eles podem aumentar ainda mais", declarou a presidente.

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