No dia seguinte à maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenar por corrupção passiva o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), o delator do suposto esquema de compra de votos parlamentares declarou em seu blog que recebe com “serenidade” a decisão dos magistrados. Em um post intitulado "Dura lex, sed lex" ("a lei é dura, porém é a lei"), o presidente nacional do PTB afirmou que "não vendeu o seu partido ao PT". “Nem me apropriei para fins pessoais de nem um centavo sequer do dinheiro que a mim chegou para financiar campanhas eleitorais”, escreveu. Até o momento, Jefferson já foi considerado culpado pelo crime de corrupção passiva por seis dos dez magistrados do tribunal. Faltam se manifestar sobre tema os ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Carlos Ayres Britto. Apesar de a corte já ter a atingido o número mínimo de votos para condená-lo, até o final do julgamento os ministros ainda podem alterar seus votos. Jefferson também já recebeu cinco votos pela condenação pelo crime de lavagem de dinheiro. No blog, contudo, o dirigente do PTB se confundiu e disse que também já havia sido condenado por lavagem pelo STF. No texto publicado na internet, Jefferson, que em 2005 deu entrevista que trouxe à tona o escândalo do suposto pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio político no Congresso, rechaça a alcunha de “delator” do esquema. Ele também diz não ser vítima de ninguém, a não ser dele mesmo. “Muito menos sou delator, alcunha com que tentam à força me marcar. Não sou vítima de ninguém, a não ser de mim mesmo. Nada a reclamar”, ressaltou.
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