A presidente Dilma Rousseff chamou os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), além dos secretários-executivos da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Beto Vasconcelos na tarde de ontem, quinta-feira (29) para reunião no Palácio do Planalto.
A reunião, que durou mais de três horas, ocorre no último dia antes do prazo final para a sanção da nova que revisa a distribuição de tributos pagos pelas operadoras de petróleo, os royalties e participações especiais. A proposta, aprovada no dia 6 de novembro pelo Congresso, reduz a parcela dos recursos dos estados produtores e amplia a dos não produtores.
O texto contrariou o governo porque afeta contratos já firmados em blocos já licitados. Dilma passou a tarde desta quinta em reuniões com ministros. Às 15h, ela se encontrou com o titular de Minas e Energia, Edison Lobão. Em seguida, se reuniu com a chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, responsável pela articulação com o Congresso. Por volta das 17h, a presidente esteve com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em maio, Dilma foi vaiada em evento da Marcha dos Prefeitos ao defender que alterações na distribuição de recursos do petróleo só afetem novos contratos. Nesta quinta, sem citar a questão dos royalties, a presidente afirmou, em cerimônia no Palácio do Planalto, que o Brasil "defende um rigoroso respeito aos contratos".
"É fato que nós defendemos o crescimento e a estabilidade da economia. É fato que defendemos um rigoroso respeito aos contratos. É fato que estímulos aos investimentos produtivos e a ação vigorosa em prol da indústria brasileira é uma das nossas prioridades. Mas nós defendemos todas essas políticas pelo que elas representam de benefício para toda a população na forma de renda maior, emprego melhor, ascensão social e conquista de direitos”, afirmou a presidente ao tratar da necessidade de o Brasil "crescer para todos".
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